A pausa e a calma da cor branca que mostram as imagens são na realidade um grito desesperado de angústia e alienação, que não encontram formas de manifestar-se. Uma câmera segue calmamente o cotidiano de uma mulher que, para sustentar sua família, trabalha sem descanso em uma mineradora. A impotência diante de sua realidade, a humilhação constante e a dificuldade de ser mulher neste ambiente constroem uma ficção que poderia ser, devido a sua história, linguagem e passividade, um interessante documentário observacional.